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Assuntos polêmicos são debatidos em sala de aula

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Proporcionar aos estudantes e professores o contato com diferentes gêneros textuais, principalmente com os de tipologia argumentativa. Essa foi a proposta da Professora de Língua Portuguesa, Carla Regina Santin, da Escola Básica Municipal Florestan Fernandes aos alunos do 9º ano. O objetivo era desenvolver nos estudantes, as habilidades fundamentais como ouvir, falar, ler e escrever através de atividades diversificadas e em leituras interpretativas, possibilitando a inserção dos alunos no contexto real dos acontecimentos não apenas na esfera escolar.

A ideia da atividade foi que os grupos buscassem o embasamento teórico e escrevessem um texto, para depois defender sobre um assunto que gerasse grande polêmica. Entre os assuntos debatidos estavam descriminalização da maconha, legalização do aborto, cotas em concursos e feminismo, entre outros. De acordo com a Professora Carla Regina Santin, a formação crítica e argumentação venha através do conhecimento sobre o tema. Na atividade, segundo a professora, independente da crença de cada um, teriam que argumentar em defesa ou contrário aquele tópico, gerando assim debate no grupo. “Os alunos assistiram vídeos voltados aos assuntos favoráveis e desfavoráveis, leituras e pesquisas na internet”, explicou.

A professora ficou surpresa com o debate. “Muitos estudantes que são tímidos e que normalmente não se manifestam nas aulas, falaram com muita propriedade, todos souberam aguardar o turno de fala dos colegas e entenderam como um trabalho e não como opinião pessoal, sabendo respeitar e questionar adequadamente. Eles ainda estão formando a opinião e as atividades estão fortalecendo muito a forma de se expressarem. Buscaram informações com os demais professores que também valorizaram eles dentro do possível, assistindo aos debates”, explicou.

Para a estudante do 9º ano, Jhenifer Pereira, foi interessante a atividade para troca de experiências com os colegas. “Nossa aulas são muito boas, temos colegas com quem convivemos há anos e até agora não conhecíamos a opinião deles. Claro que já temos algumas opiniões formadas e os debates serviram para fortalecer ou fazer com que repensássemos sobre os assuntos”, disse. Já a estudante do 9º ano, Kamily Sechetti, disse que é um pouco tímida para se expressar em público e estas aulas ajudaram. “Para estar firme na apresentação a gente precisa ter muito conhecimento no assunto, saber bem sobre o que está falando. Estudar pesquisas prontas, perceber as diferenças entre os pontos de vista”, comentou.

Para a Secretária de Educação de Chapecó, Sandra Maria Galera, oferecer aos estudantes aulas teóricas e práticas que possibilitem ir para além da leitura e interpretação, faz com que busquem novas alternativas de expor o conhecimento adquirido. “Além disso, fortalece a autoestima e as relações interpessoais, melhorando as habilidades para construir relações saudáveis e administrar conflitos que possam surgir com a capacidade de percepção deles próprios e do mundo que o cerca”, finalizou.