Chapecó, 20 de fevereiro de 2019 - quarta-feira A tecnologia do GPS Rural já contribuiu para salvar vidas no interior de Chapecó. Existem 222 placas instaladas em propriedades rurais, e outras 29 em comunidades do interior. Elas possuem as letras CH de Chapecó, um número e um nome de referência do local, indicando pontos e acessos georeferenciados que integram um mapa digital, facilitando muito a localização das equipes de socorro. O sistema está na palma da mão dos socorristas e é acessado por um smartfone. Agora com essa ferramenta o socorro vai direto ao ponto, sem precisar parar e pedir informação e não tem erro, porque a ferramenta é precisa e leva as viaturas até o local indicado, explicou o técnico agropecuário da Secretaria de Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente, Gilson Pagliosa.
A Prefeitura doou uma caminhonete para a Polícia Militar para auxiliar no atendimento. O projeto existe desde 2017 e é coordenado por uma comissão integrada por agricultores, representantes da Secretaria de Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente, da SAC Sociedade Amigos de Chapecó, do Sindicato Rural de Chapecó, da Coopercentral Aurora, da Cooperalfa e da BRF. Juntos, os parceiros envolveram os órgãos de segurança e trabalham diretamente no atendimento: a Polícia Militar, o Samu e o Serviço Aeropolicial de Fronteira, o SAER-FRON. Todos os parceiros são importantes no processo, se um deles não participar, com certeza o Programa acaba enfraquecendo, complementou Pagliosa.
Na Barra da Chalana, a 30 kms do centro, onde mora o seu Nelson Machado, o vizinho dele se acidentou de trator no ano passado e foi resgatado rapidamente pelo helicóptero do Saer-fron. O socorro foi acionado pelo número da placa da propriedade do seu Nelson, o que contribuiu muito para agilizar o atendimento. Foi ligado lá pra eles e eles vieram pelo número da localização que nós tava aqui. Foi rapidamente mesmo que eles chegaram aqui. Quando o Saer baixou no campo, chegou primeiro que o machucado. Salvou a vida dele, porque foi muito rápido. Faz a diferença, contou seu Nelson.
O casal, Delclides e Terezinha Barp, que mora no Bormann há 10 anos, sabe o quanto o GPS Rural faz a diferença pra quem vive no campo. Com o número da placa e o nome da entrada eles já vem reto. E a gente se sente mais a vontade também, disse o seu Delclides. A Dona Terezinha acrescentou, a gente já sabe que tem a segurança alí da placa, daí a gente dorme mais tranquilo né?!, concluiu.
O agricultor interessado deve ir até a Secretaria de Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente, que fica no Mercado Público Regional, e fazer a inscrição. De lá ele sai com o número e o nome da propriedade que são cadastrados. O valor que o produtor investe, que é a participação dele no projeto, é 200 reais, que incluiu o custo da placa e da empresa de informática que faz a atualização do sistema.