Chapecó, 03/05/2019 - sexta-feira - Camila Moreno, 24 anos, advogada, vinda do Equador; Rahel Kabtimer, 23 anos, estudante de psicologia, vinda da Alemanha e Haixin Li, 21 anos, estudante de contabilidade, vinda do Canadá. Essas são as jovens que atualmente estão em Chapecó fazendo um intercambio para troca de experiências e aprendizados com famílias chapecoenses. Elas escolheram o município de Chapecó para desenvolver atividades na área social, estão sendo acompanhadas pela AIESEC e desenvolvem trabalho focado na área de igualdade de gênero com jovens assistidos no Centro de Convivência do bairro Passo dos Fortes.
O intercambio é realizado por meio da AIESEC - uma ONG gerida por jovens, presente em mais de 120 países. Em Chapecó, a ONG trabalha com intercâmbios sociais há 10 anos, buscando o desenvolvimento da liderança jovem através de experiências que proporcionam o entendimento de realidades e culturas diferentes, possibilitando espaços para que os jovens sejam agentes de mudanças na nossa sociedade.De acordo com Mariana Possa representante da AIESEC em Chapecó, os intercambistas vinculados à ONG permanecem na cidade por 45 dias vivendo em casas de famílias voluntárias e realizando projetos sociais, assim como interessados daqui se deslocam para outros países a fim de participar dos mesmos projetos.
De acordo com Cristiane Cecchin, coordenadora do Centro de Convivência Passo dos Fortes, programa mantido pela Prefeitura de Chapecó, por meio da Secretaria de Assistência Social, os jovens que participam das atividades desenvolvidas pelas Intercambistas são participantes das oficinas do espaço. O principal foco das atividades relacionadas ao projeto "Nós" - que abrange discussões sobre Gênero e Sexualidade. Segundo ela é importante para os jovens debater essa temática. O principal objetivo é a troca de informações e conhecimento de culturas diferentes, além de refletir sobre a temática, realidade que estão inseridos e troca de experiências, comentou.
Camila Moreno está terminando seu intercambio e conta que a experiência foi muito proveitosa, pois além de aprender outro idioma, conheceu pessoas, culturas e outras realidades. Durante a realização das atividades foi possível perceber que as pessoas ainda tem muita dificuldade em falar sobre o tema igualdade de gênero, especialmente pela falta de conhecimento e pela realidade em que estão inseridos, comentou. Rahel e Haixin, que estão se adaptando a cidade, também desenvolverão projeto nesta mesma linha.