Chapecó, 13/09/2019, sexta-feira Bailarinos de 6 à 70 anos subiram ao palco do Teatro Municipal na segunda noite de competições do Dança Chapecó Festival Sul Brasileiro de Dança. Ao todo foram apresentadas 69 coreografias apresentações solo, duo, trio, conjunto ou grupo, nas categorias júnior, juvenil, avançado e 3ª idade.
De acordo com a Coordenadora Geral do Festival, Emanoélli Capello, dançar não tem idade. Se a dança não tem idade, os palcos do Dança Chapecó são a prova disso. A segunda noite de apresentações foi marcada pela diversidade: de idades, assistimos espetáculos de crianças, idosos e de gestante, mostrando que não existem limites quando se fala em dança. Muitos trabalhos contemporâneos mostrando um extenso trabalho de pesquisa dos coreógrafos. Além disso, uma multiplicidade de temas: assistimos trabalhos abordando diferentes questões sociais mostrando o lado crítico de questões sociais e enfatizando o papel questionador da arte, conta.
O coreógrafo, Marcelo Siqueira, de Pinhalzinho-SC, premiado em 1º lugar da noite com a coreografia Gosma, trouxe para o palco uma extensa pesquisa na dança contemporânea. Eu trago para as minhas coreografias situações cotidianas, é da rotina que surge o meu trabalho. O processo de criação é muito espontâneo e faz parte do cotidiano, a intenção é passar um recado a partir do que você está fazendo. Levamos a cena pra outro lugar, de reflexão, e a partir disso estimulamos para que as pessoas vejam o contexto da história de uma maneira diferente do que elas estão acostumadas. Minha ideia é tentar levar sensações para o público, trazendo referências de pesquisas de situações aleatórias da vida, que não tem relação com dança, para que a pesquisa seja diferente e se transforme em uma coreografia. Quando construo uma coreografia penso que primeiro precisa fazer sentido para a pessoa que está dançando, explica.
Até o sábado (14), cerca de 1.600 bailarinos irão se apresentar nos palcos do festival. Cerca de 250 coreografias serão apresentadas na Mostra Competitiva por 50 grupos de dança de 30 Municípios do Sul do País. O Dança Chapecó é o segundo maior festival de dança do estado e o único da Região Oeste. Ter um festival de dança acontecendo no interior do estado oportuniza que os bailarinos da região também tenham acesso a profissionalização e a troca de experiências, fortalecendo a produção e o movimento cultural local, enfatiza Emanoélli.
Programação
A programação prossegue nesta sexta-feira (13), com cursos de qualificação abordando diferentes modalidades da dança. Apresentações no Palco Aberto a partir das 15 horas. A Mostra Competitiva terá início às 19 horas no Teatro Municipal, mas quem quiser vir antes ao Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo De Nes pode conferir a Feirinha do Dança, com produtos artesanais, alimentação e serviços específicos para o setor.
Para o sábado (14), a programação traz a primeira Batalha de Hip Hop Life Style da história do Festival. Será a partir das 15 horas no hall do Centro de Eventos. A inscrição pode ser feita na hora, no valor de R$30 e a premiação para o vencedor é de R$400. O jurado da batalha será o bailarino Tonton Santos, vencedor da Batalha Fair Play 2019 na Polônia.
A apresentação fica por conta de Filipi Ursão. Segundo ele, cada apresentação terá duração de 1 minuto e os critérios para avaliação serão musicalidade, criatividade, bom uso de fundamentos e espírito de batalha. Os dançarinos vão passando de fase até chegar na grande final, mostrando resistência e espírito competitivo, explica Filipi. Ainda no sábado, às 19 horas, será a última noite da Mostra Competitiva e a hora de conhecer os premiados na 12ª edição do Dança Chapecó.
Outras informações pelo telefone 49 33223690 festival@dancachapeco.com.br .
Créditos:
Texto Camila Almeida / Girassol Cultural.
Fotos: 01, 02, 03, 04: Louis Radavelli/ Girassol Cultural.
05, 06, 07, 08, 09: Camila Almeida/ Girassol Cultural.