exposição propõe questionamentos como: Somos viciados no olhar do outro sobre nós? O que nos instiga?

Quem sou eu neste Coletivo? Quem é a outra? Quais são as inquietações, os ruídos e as aproximações? Como

essa relação artística e íntima pode contaminar nossos processos artísticos?

Elisa Iop partiu do rosto, lugar da relação da artista consigo mesma, com o outro e com o mundo, para construir uma experiência vivencial

com as integrantes do grupo. Nesta exposição ela convida o espectador a postar uma selfie na #elisaiopéoquenãoé, usando sua

máscara de gesso.

Gabriele Menegati Giraldello relaciona objetos e fragmentos herdados, elaborando inventários de vestígios e permanências. “Construo espécies de

corpos, onde habitam muitos outros. Me interesso por juntar narrativas, arqueologias de pedaços de vidas”. Val Schneider mergulhou em

fotografias e histórias afetivas contadas por outras pessoas e pelas artistas do Coletivo. “Usar um objeto que já existe no mundo, explorando

narrativas de outras pessoas, suscitou uma espécie de jogo poético entre pintura, objeto, texto, imagem e

afeto”.

Uma “Experiência Expositiva do Projeto Outra Parte”, foi realizada em 2018, no próprio Atelier Pastilha, lugar de nossos encontros. Ao longo da

montagem da exposição e durante a interação com os espectadores vivenciamos novas trocas e contaminações. A participação de outras artistas como

Ana Paula Witeck, Bruna Todeschini e Sonia Gotler, além da Maria Paula Giacomini, que continua no Coletivo, foi fundamental. Vestígios de todas

que vêm e vão estão sempre presentes. As trocas são contínuas e são elas que alimentam nossa produção artística e poética como artistas e como grupo. Somos o

Coletivo Pastilha de Erechim, RS. Trabalhamos juntas desde 2016.