O terceiro dia do Festival Nacional de Teatro foi marcado por espetáculos distintos, voltados a diferentes públicos. Na manhã desta quarta-feira (24), o Teatro Municipal ficou lotado para assistir a peça “Esse Corpo Meu?”, da Téspis Cia de Teatro de Itajaí. Com um tema questionador e reflexivo, o espetáculo lotou o Teatro Municipal com um público adolescente.

Através da arte, os atores trouxeram para o palco discussões atuais como a transexualidade, o machismo, os padrões impostos pela sociedade, as transformações feitas em nosso corpo, a discussão do bonito e do normal, deixando o seguinte questionamento: o que afinal sobra, de original, em cada um de nós?

Tema de debate após o espetáculo, a discussão sobre os assuntos abordados envolveu profissionais da área teatral, debatedores vindos de outras realizadas do país e espectadores. De acordo com a coordenadora do Festival, Damiana Fernandes Melo, “os espetáculos são muito distintos. É importante que esses temas sejam apropriados pela arte, para serem discutidos trazendo questionamentos e um novo olhar para quem prestigia”, disse.

A manhã também marcou as atividades no Centro de Artes e Esportes unificados, no Bairro Efapi. O ator Henrique Sagave, trouxe as peculiaridades do Palhaço Cambito, com o espetáculo “Cambito Vocacionado”. “Um dos objetivos do Festival é democratizar o acesso a arte, fazendo com que chegue em diferentes locais e seja inserido no cotidiano da comunidade”, explica a Secretária de Cultura, Roselaine Vinhas.

A Escola Básica Municipal Florestan Fernandes foi palco para a Cia De Da Curva, com o Espetáculo “Contos da Corte”. Através de contos populares, os atores levaram histórias da corte para os estudantes do Bairro Líder. A tarde na escola foi de olhares atentos, gargalhadas e muitos aplausos para os artistas. Para a gestora da instituição, Marizilde Zanetti, o teatro torna a escola mais interessante para as crianças. “As nossas crianças adoram esses momentos. Eles vem a acrescentar na aprendizagem fazendo com que se tornem cidadãos críticos. Isso contribui muito para o nosso dia a dia em sala de aula. As crianças ficam mais felizes e isso se reflete na aprendizagem”, finaliza.